quarta-feira, 4 de maio de 2011

PARA INICIAR UM DIÁLOGO


As histórias não se depreendem
apenas do narrador, mas, sim, o performam: narrar é resistir.
É por ordem no existir.... Contar seguido, alinhavado...
Tecer o enredo do que lhe conto
É armar um ponto de um fato.
                                                       Guimarães Rosa. 1986.

  

Em Alagoas, o projeto UCA – Um Computador por Aluno - já se vislumbra como uma perspectiva, um devir que se apresenta como possibilidade para transformar o ensino-aprendizagem em práticas pedagógicas significativas, inseridas na cultura digital/social. O que significa para as escolas, da rede pública estadual e municipal, criar uma cultura digital/social em suas propostas pedagógicas? De que forma as ações implementadas pelo projeto UCA poderão subsidiar a organização do trabalho escolar e a formação dos alunos? Qual o papel dos gestores (direção e coordenação pedagógica) para que o uso pedagógico das TIC ocorra na perspectiva de favorecer a qualidade do processo ensino-aprendizagem e da prática de gestão?
Essas e outras questões estão sendo discutidas pelas equipes de formação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED/AL), com o propósito de aprofundar o conhecimento sobre os conceitos, metodologias e estratégias de cada um dos módulos previstos, no intuito de contribuir na formação dos formadores das escolas onde estão recebendo o Projeto UCA.
Nesse contexto, é importante compreender que o UCA não significa apenas uma introdução de equipamentos e mídias promissoras, mas, sobretudo,
(...) uma mudança de paradigma educacional que envolve a discussão do Projeto Político Pedagógico (PPP), a aprendizagem na ação com os professores, a apropriação educacional de novas tecnologias, a adequação de novos espaços escolares, os planos de aula que incorporam interatividade e mobilidade, e o resgate das histórias da cada professor em seus caminhos de produção e disseminação do conhecimento. (MEC/ PROGRAMA UCA – RELATÓRIO DE SISTEMATIZAÇÃO II - ORIENTAÇÕES A GESTORES PARA O PLANO DE EXPANSÃO. SET. 2010).

               
           Com essa perspectiva e, fazendo uma analogia com o pensamento de Rosa (1986), destacamos o  compromisso dos formadores para tecer o fio dessa história: pontuando, alinhavando como professores-pesquisadores, contribuindo para o desenvolvimento de espaços de aprendizagem onde a inserção das tecnologias existe para construir conhecimentos e habilidades, mas, sobretudo, maneira de ser, agir, pensar e sentir.
            Certamente, este será um grande desafio para buscar a formação de cada um envolvido nesse processo.

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